Devocional 6 (Salmo 22-Parte 1)
O Messias sofre, mas triunfa
Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas das palavras do meu bramido e não me auxilias?
Deus meu, eu clamo de dia, e tu não me ouves; de noite, e não tenho sossego.
Porém tu és Santo, o que habitas entre os louvores de Israel.
Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste.
A ti clamaram e escaparam; em ti confiaram e não foram confundidos.
Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo.
Todos os que me vêem zombam de mim, estendem os lábios e meneiam a cabeça, dizendo:
Confiou no Senhor, que o livre; livre-o, pois nele tem prazer.
Mas tu és o que me tiraste do ventre; o que me preservaste estando ainda aos seios de minha mãe.
Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe.
Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem ajude.
Muitos touros me cercaram; fortes touros de Basã me rodearam.
Abriram contra mim suas bocas, como um leão que despedaça e que ruge.
Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é como cera e derreteu-se dentro de mim.
A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no pó da morte. 16. Pois me rodearam cães; o ajuntamento de malfeitores me cercou; traspassaram-me as mãos e os pés. 17. Poderia contar todos os meus ossos; eles vêem e me contemplam.
Repartem entre si as minhas vestes e lançam sortes sobre a minha túnica.
Mas tu, Senhor, não te alongues de mim; força minha, apressa-te em socorrer-me.
Livra a minha alma da espada e a minha predileta, da força do cão.
Salva-me da boca do leão; sim, ouve-me desde as pontas dos unicórnios.
Então, declararei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da congregação.
Vós que temeis ao Senhor, louvai-o; todos vós, descendência de Jacó, glorificai-o; e temei-o todos vós, descendência de Israel.
Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dele o seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu.
O meu louvor virá de ti na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem.
Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao Senhor os que o buscam; o vosso coração viverá eternamente.
Todos os limites da terra se lembrarão e se converterão ao Senhor; e todas as gerações das nações adorarão perante a tua face.
Porque o reino é do Senhor, e ele domina entre as nações.
Todos os grandes da terra comerão e adorarão, e todos os que descem ao pó se prostrarão perante ele; como também os que não podem reter a sua vida.
Uma semente o servirá; falará do Senhor de geração em geração.
Chegarão e anunciarão a sua justiça ao povo que nascer, porquanto ele o fez.
Vs. 1:“Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas das palavras do meu bramido e não me auxilias?” o Salmo 22, também conhecido como o Salmo da Cruz, retrata o Sacrifício de Jesus no Calvário para a redenção da humanidade. Sob inspiração do Espírito Santo o salmista Davi escreve com exatidão todo o sofrimento de Jesus.* “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”*, este primeiro verso se cumpriu literalmente na Morte de Jesus (Mt 27.46, Mc 15.34).
Vs 2:“Deus meu, eu clamo de dia, e tu não me ouves; de noite, e não tenho sossego” este versículo podemos trazer para as nossas vidas, pois muitas vezes sentimos que Deus não nos ouve, porém Ele continua em seu Santo trono esperando o momento certo para conceder a vitória, afinal se fôssemos abençoados logo após os primeiros segundos de luta nunca alcançaríamos o crescimento espiritual.
Vs. 3:“Porém tu és Santo, o que habitas entre os louvores de Israel.” mesmo não atendendo imediatamente as nossas orações Deus continua Santo e merecedor do nosso louvor e adoração.
Vs. 4-5:*“Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste. A ti clamaram e escaparam; em ti confiaram e não foram confundidos.” *todos os servos de Deus que confiam nele nos tempos passados não foram confundidos mesmo em meio às dificuldades e lutas Deus não permite que pereçamos.
Vs. 6-8:“Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo. Todos os que me vêem zombam de mim, estendem os lábios e meneiam a cabeça, dizendo: Confiou no Senhor, que o livre; livre-o, pois nele tem prazer.” Jesus durante sua crucificação foi desprezado pelos homens e humilhado por seu próprio povo, (Mt 27.27-30, 39-44; Mc 15.16-20, 29-32; Lc 22.63-65, 23.35-39, Jo 19.1-3), pois a crucificação era aplicada aos transgressores e aos ladrões (Mt 27.38, Mc 15.27-28, Lc 23.32-33, Jo 19.18).
Vs. 9-10:“Mas tu és o que me tiraste do ventre; o que me preservaste estando ainda aos seios de minha mãe. Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe.” neste versículo não apenas vemos o cuidado de Deus para que Jesus crescesse conforme seu plano quando Ele ainda era criança, mas podemos notar também o cuidado e o amor de Deus para todas as crianças e para com seus servos.
Vs. 11:“Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem ajude.” desde o início do seu sofrimento no Jardim das Oliveiras, Jesus foi abandonado por seus amigos (Mt 26.36-46, 56, 69-75; Mc 14.32-41, 50, 51, 52, 66-72; Lc 22.39-46, 54-62; Jo 18.15-18, 25-27).
Vs. 12-13:“Muitos touros me cercaram; fortes touros de Basã me rodearam. Abriram contra mim suas bocas, como um leão que despedaça e que ruge.” podemos notar quão grande agonia Jesus passou em suas últimas horas de vida. Ele foi tratado como um ladrão e preso por uma multidão de ímpios que o odiavam (Mt 26.47-56, 27.17-25).
Confira amanhã a segunda parte do Devocional do Salmo 22, o Salmo da Cruz. Deus te abençoe!